segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto

  

27 Janeiro

Aniversário da Libertação do Campo de Concentração e Extermínio Nazi de Auschwitz-Birkenau em 1945.




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Biblioteca Municipal

Proclamado como o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto através da Resolução 60/7, adotada pela Assembleia Geral das Nações Unidas dia 1 de novembro de 2005.

A celebração desta data tem dois objetivos: em primeiro lugar, prestar homenagem à memória das vítimas do Holocausto, em segundo lugar, promover o ensino sobre o Holocausto para prevenir futuros atos de genocídio, bem como manifestações de intolerância, antissemitismo, racismo e incitamento ao ódio e à violência.

 

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NUNCA ESQUECER

Sobre ARISTIDES DE SOUSA MENDES:

https://www.acegis.com/2021/10/aristides-de-sousa-mendes-o-consul-insubordinado/


extra catalogue Aristides de Sousa Mendes

Nasceu em 19 de Julho de 1885; licenciado em direito; nomeado, precedendo concurso, cônsul de 2ª classe, em 12 de Maio de 1910, em Demerara; em comissão de serviço na Galiza, em 19 de Julho de 1911; no Ministério, em 24 de Agosto do mesmo ano; cônsul geral em Zanzibar, em 26 do mesmo mês e ano; cônsul em Curitiba, em 13 de Fevereiro de 1918; cônsul de 1ª classe, em 20 de Junho do mesmo ano; na disponibilidade, em 27 de Junho de 1919; gerente interino do Consulado em S. Francisco, em 11 de Junho de 1921, do Consulado no Maranhão, em 2 de Abril de 1924, do Consulado em Porto Alegre, em 14 de Novembro do mesmo ano; em serviço na Direcção Geral dos Negócios Económicos e Consulares, em 29 de Janeiro de 1926; cônsul em Vigo, em 29 de Março de 1927; cônsul geral em Génova, em 2 de Maio de 1929 (não tomou posse); cônsul geral em Antuérpia, em 7 de Setembro do mesmo ano; cônsul geral em Bordéus, em 1 de Agosto de 1938; na disponibilidade, por conveniência de serviço, em 27 de Julho de 1940; condenado disciplinarmente na pena de um ano de inactividade com direito a metade do vencimento da categoria, devendo em seguida ser aposentado – D.G., II Série de 18/11/1940; aguardando aposentação, em 20 de Março de 1941. Grande Cruz da Ordem de Cristo (postumamente); Oficial da Ordem da Liberdade (postumamente); Comendador da Ordem da Coroa da Bélgica; Oficial da Ordem de Leopolda da Bélgica; 2ª classe da Estrela Brilhante de Zanzibar; Cruz de Mérito da Cruz Vermelha Portuguesa.

Certidão de Óbito de Aristides de Sousa Mendes

Saiba mais sobre Aristides de Sousa Mendes

O crime de Sousa Mendes fora tornar claro ao regime que as arquitecturas políticas sobre que assentava o seu perfil internacional e as suas linhas de defesa burocrática eram, realmente, apenas isso, construções. 

O diplomata foi punido mas o “crime” foi abafado. E a maior parte das pessoas que se apresentaram às fronteiras portuguesas foram admitidas, na certeza de que a Espanha não as aceitaria de volta. Pretender que nada acontecera era a maneira mais expedita de reduzir o impacto do precedente e de lidar com a situação desprestigiante de nem o Ministério do Interior nem o Ministério dos Negócios Estrangeiros terem sabido evitar o acontecido. 

(Franco, Manuela, Vidas Poupadas, 21)

Consulte o Livro de registos do Consulado em Bordéus

 

sampaio 400x566Carlos Sampaio Garrido

Nasceu em 5 de Abril de 1883; licenciado em Ciências Económicas e Financeiras; adido de legação, em 24 de Dezembro de 1901; em serviço, na Direcção Geral dos Negócios Comerciais e Consulares, em 17 de Fevereiro de 1902; chanceler consular em 17 de Outubro de 1904; nomeado, precedendo concurso, cônsul de 2ª classe e colocado no Consulado no Rio Grande do Sui, em 19 de Maio de 1910; cônsul em Porto Alegre, em 10 de Março de 1911; cônsul na Baía, em 25 de Maio de 1912; gerente interino do Consulado Geral no Rio de Janeiro, em 19 de Junho de 1913; cônsul em S. Paulo, em 4 de Julho do mesmo ano; cônsul de 1ª classe, em 30 de Junho de 1918; cônsul geral no Rio de Janeiro, em 15 de Novembro de 1921; cônsul geral em Paris, em 13 de Dezembro de 1930; ministro plenipotenciário de 2ª classe e inspector consular, em 25 de Julho de 1933; enviado extraordinário e ministro plenipotenciário em Estocolmo, em 7 de Fevereiro de 1933 (não tomou posse); enviado extraordinário e ministro plenipotenciário em Buenos Aires, em 28 de Março de 1935; enviado extraordinário e ministro plenipotenciário em Budapeste, em 27 de Julho de 1939; enviado extraordinário e plenipotenciário em Estocolmo em 5 de Dezembro de 1945. Grande oficial da Ordem Militar de Cristo em 5 de Outubro de 1934; Oficial da Ordem Militar de S. Tiago da Espada em 27 de Outubro de 1934; Cavaleiro das Ordens de Isabel, a Católica, de Espanha, de Gustavo Wasa da Suécia e da Coroa da Prússia.

O Ministro Sampaio Garrido estava na Hungria desde 1939 e com certeza já tinha visto muito, que a perseguição aos judeus não fora uma novidade trazida ao regime do Regente Horthy pelos alemães. No meio do ambiente de terror criado com a entrada da Gestapo em Budapeste, Sampaio Garrido tomara a iniciativa de acolher à protecção da casa da Legação de Portugal um grupo de pessoas, provavelmente da sua amizade. Mas, no início de Maio, via-se forçado a relatar a Lisboa que a Legação fora assaltada pela Gestapo, e os seus hóspedes levados para a Polícia de Budapeste, donde tivera algum trabalho para os resgatar. O Governo de Lisboa, surpreendido pelas notícias, não se zangou. Chamando suavemente a atenção do seu Ministro para que “deveria” ter prevenido, o MNE assumiu desde o início a protecção concedida por Garrido aos asilados na Legação de Portugal.

(Franco, Manuela, Vidas Poupadas, 24)

 

teixeira branquinho 400x517Alberto Teixeira Branquinho

Nasceu a 27 de Janeiro de 1902, em Viseu; licenciado em Ciências Económicas e Financeiras pela Universidade Técnica de Lisboa; aprovado em concurso para o quadro diplomático e consular, em 28 de Fevereiro de 1930; terceiro-secretário de legação, em 14 de Março do mesmo ano; segundo-secretário na Embaixada no R io de Janeiro, em 24 de Novembro de 1933; na Secretaria de Estado, em 14 de Junho de 1936; na Legação em Pequim, em 12 de Abril de 1937; na Legação em Xangai, em 12 de Novembro do mesmo ano; encarregado de negócios, interino, de 7 de Fevereiro a 13 de Outubro de 1938; aprovado no concurso para primeiros-secretários de Legação, em 8 de Abril de 1943; na Legação em Budapeste, em 25 de Abril de 1944; encarregado de negócios, interino, de 5 de Junho a 29 de Outubro do mesmo ano; chamado em serviço à Secretaria de Estado, em 30 de Outubro; secretário da secção diplomática da Comissão Internacional de Limites entre Portugal e Espanha, em 31 de Março do mesmo ano; na Embaixada em Washington, em 19 de Outubro do mesmo ano; na Legação em Caracas, como encarregado de negócios, em 17 de Outubro de 1946; na Secretaria de Estado, em 15 de Setembro de 1949; conselheiro de legação, em 13 de Maio de 1950; na Legação em Jacarta como encarregado de negócios, na mesma data; no Consulado Geral em Madrid, em 7 de Setembro de 1951; conselheiro de legação, na Embaixada em Paris, em 25 de Janeiro de 1955; ministro plenipotenciário de 2ª classe, em 25 de Janeiro de 1956; enviado extraordinário e ministro plenipotenciário em Caracas, em 14 de Fevereiro de 1956; enviado extraordinário e ministro plenipotenciário na república Dominicana, continuando a residir em Caracas, em 12 de Setembro de 1957; na Embaixada em Ankara, com credenciais de Embaixador, em 3 de Janeiro de 1960; enviado extraordinário e ministro plenipotenciário em Bagdade, com residência em Ankara, em 9 de Julho de 1960; ministro plenipotenciário de 1ª classe, em 16 de Agosto de 1961; enviado extraordinário e ministro plenipotenciário em Teerão, continuando a residir em Ankara, em 9 de Outubro de 1961; na Embaixada na Haia, com credenciais de Embaixador, em 23 de Julho de 1964; na disponibilidade desde 31 de Dezembro de 1966. Oficial da Ordem Militar de Cristo; cruz de benemerência da Cruz Vermelha Portuguesa; Grã-cruz da Ordem Orange-Nassau, dos Países Baixos; Grande Oficial da Ordem de Isabel, a Católica, de Espanha; Grande Oficial do Mérito Civil, de Espanha; Comendador da Ordem do Cruzeiro do Sul, do Brasil; Comendador da Ordem do Libertador, da Venezuela.

Alberto Teixeira Branquinho assumia o cargo de Encarregado de Negócios em Budapeste a 5 de Junho e, com ele, a responsabilidade pela protecção dos “seus” refugiados. Quando a situação se complicou em Agosto, o novo Encarregado de Negócios, invocando a actuação do Ministro da Suécia em Budapeste (amigo pessoal de Teixeira de Sampaio, Secretário Geral do MNE), obteve de Lisboa a autorização para alargar a natureza e a quantidade da protecção portuguesa, sobretudo através da emissão dos Schutzpässe. Estes papéis de protecção de facto resguardaram muitos judeus até à altura em que o Regente Horthy foi deposto pelo nacional-socialista Szalasi, Primeiro-ministro e auto proclamado Vice Regente. Em finais de Outubro, Szalasi decidiu que só respeitaria papéis de protecção dos países que reconhecessem o seu Governo como legítimo. Nessa altura, o Governo português mandou retirar o Encarregado de Negócios.

(Franco, Manuela, Vidas Poupadas, 24)

 

Vidas poupadas : a ação de três diplomatas portugueses na II guerra mundial

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