Em 1981, a comunidade médica foi
surpreendida com relatos, oriundos de Los Angeles, de uma pneumonia à data
chamada de pneumonia por Pneumocystis carinii que atingia jovens, previamente
saudáveis, reportados como sendo homossexuais. Eram as primeiras descrições do
que viria a ser denominado, em 1982, de Síndroma de Imunodeficiência Adquirida
(SIDA).
Em Portugal, os primeiros casos
de infeção por VIH datam de 1983, e ao longo destes 35 anos assistimos a
profundas alterações em termos médicos, sociais e culturais.
Os primeiros anos foram
devastadores: diariamente apareciam novos casos, o conhecimento sobre a doença
era muito reduzido e não existia praticamente nenhuma terapêutica.
O trajeto efetuado até aos dias
de hoje não foi fácil, raramente foi linear, mas os avanços verificados a todos
os níveis, em parte desencadeados pela própria doença, fizeram com que a
situação se alterasse profundamente.
Hoje, dispomos dos conhecimentos
e de ferramentas que nos permitem admitir que está ao nosso alcance a
possibilidade de mudarmos, uma vez mais, a história desta doença.
Se nos mantivermos focados, ambiciosos, mas
realistas, se não esquecermos as lições que fomos aprendendo ao longo destes 35
anos, temos condições para que, quando passarem 50 anos sobre o primeiro caso
de infeção por VIH em Portugal, esta já não seja uma questão de saúde pública.
(Fonte: DGS. INFEÇÃO VIH E SIDA Ӏ DESAFIOS E ESTRATÉGIAS 2018. Disponível em:
https://www.dgs.pt)
As enfermeiras Helena Norinha e Oscarina Pinto
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